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FDA retira aditivo alimentar de refrigerantes cítricos por riscos à saúde

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Um ingrediente problemático em alguns refrigerantes está sendo oficialmente retirado do mercado. A Food and Drug Administration revogou sua autorização que permite que óleo vegetal bromado (BVO) seja usado em alimentos, após pesquisas recentes sugerirem que ele poderia potencialmente prejudicar a saúde da tireoide das pessoas.

BVO é um óleo vegetal que foi modificado com o elemento bromo. Ele tem sido usado principalmente como um emulsificante em refrigerantes com sabor cítrico, ajudando a evitar que o sabor se separe. O óleo vegetal bromado (BVO) foi anteriormente classificado como um ingrediente geralmente reconhecido como seguro (GRAS). No entanto, desde 1970, o FDA implementou regulamentações mais rigorosas em relação ao seu uso.

Estudos realizados ao longo dos anos têm evidências encontradas que compostos contendo bromo, como aqueles usados ​​como retardantes de chama, podem possivelmente interromper os hormônios produzidos pela tireoide. Os desreguladores endócrinos em geral são considerados como aumentando o risco de muitos problemas crônicos de saúde e podem ser mais perigosos durante certos períodos da vida movidos por hormônios, como a puberdade ou a gravidez. Muito bromo também pode se acumular no corpo, causando problemas neurológicos agudos como convulsões, e tem havido relatórios isolados sugerindo que isso pode acontecer ao beber muito refrigerante.

Em 2013, o aumento do escrutínio público sobre bromo e BVO levou a PepsiCo a removê-lo de sua linha de produtos Gatorade, trocando-o por outro emulsificante aprovado pela GRAS. Após essa decisão, o FDA começou a reavaliar os dados disponíveis e a conduzir sua própria pesquisa sobre BVO, em conjunto com a Divisão de Toxicologia Translacional do Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental.

A FDA anunciou a decisão na terça-feira, embora inicialmente proposto a mudança em novembro passado. Seus estudos mais recentes descobriram que a exposição oral ao BVO pode de fato aumentar os níveis de bromo nos tecidos do corpo, e que o BVO em doses altas o suficiente pode afetar negativamente a saúde da tireoide de ratos. Embora possa ser necessário muito BVO para prejudicar a tireoide em ratos, tais doses estão mais próximas da quantidade que as pessoas podem obter no mundo real do que se pensava anteriormente, de acordo com o FDA.

“Com base nesses dados e nas questões de segurança restantes não resolvidas, o FDA não pode mais concluir que o uso de BVO em alimentos é seguro”, declarou a agência em novembro.

A revogação do BVO em alimentos ocorrerá oficialmente no mês que vem. Muitas empresas de refrigerantes já haviam retirado o BVO de suas bebidas cítricas, incluindo a Coca-Cola, e o BVO foi banido como aditivo alimentar em outros países. Mas ainda há algumas marcas que dependem do BVO nos EUA, como Gota de Sol, produzido pela Keurig Dr Pepper.



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